segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O QUE AS CRIATURAS DA TERRA PENSAM DE NÓS?... PENSAM?...

Não foi muito tempo depois de conhecer o Evangelho como bem real de Deus para a minha vida, que comecei a perceber que quase tudo quanto era doutrina dos homens, feitas e praticadas como verdade de Deus — eram os principais impeditivos para a compreensão do que as Escrituras de fato diziam...

Daí eu nunca ter desejado ir a um Seminário aprender justamente aquilo que, uma vez crido como “de Deus”, passaria a impedir a minha própria compreensão da Palavra revelada de Deus aos homens: as Escrituras.

Seria para mim um contra-senso gastar todo aquele tempo e esforço para aprender — fora as matérias não relacionadas a Deus como tema — justamente aquilo que me impediria de melhor compreender a Palavra.

Digo isto porque apesar de haver discernido bem cedo na vida o que disse acima, ainda assim, mesmo sem ter ido ao um seminário, porém, ficando amigo de teólogos, depois de um tempo vi que, sutilmente..., fui dando lugar e espaço a muito do que ensinavam..., mesmo que eu não cresse exatamente daquele modo, cria sinceramente que aquilo não faria mal algum...

No entanto, sempre que algo novo aparecia e que requeria meu pensar e discernir, logo eu percebia que meu primeiro esbarrão se dava contra algumas doutrinas de homens ou contra pensamentos considerados cristãos — coisas essas que eram nitidamente apenas uma costura humana, posto que as Escrituras nada dissessem sobre aquilo de modo especifico.

Uma dessas coisas que muito me angustiavam era acerca de que somente o homem sentia emocionalmente e pensava, e que os animais eram apenas maquinas instituais, o que foi claramente uma incorporação do pensamento antropocêntrico que abateu o “Cristianismo” desde sempre...

Assim...

Animais não pensavam... Nem sentiam com emoção...

A natureza gemia... Mas não sabia que gemia...

As árvores batiam palmas, mas isso era somente poesia...

A natureza aguardava a Redenção, mas não sabia que aguarda...

Aqui no site expresso convicção contraria a isto faz tempo, como demonstra entre muitos outros textos, o que segue no seguinte link:

QUANDO AS ANTAS FOREM OS JUÍZES DOS HOMENS

Ora, outra vez bem devagar fui vendo como escapara do seminário..., mas não da teologia...

E, coisa a coisa, fui abrindo de novo os pacotes e vendo o que era resultado da formatação sutil que sobre minha mente se impusera...

Sobrou o quê?...

Ora, sobrou exatamente o que expresso nos milhares de textos desse site como convicção decorrente de Jesus, do Evangelho, e do todo do espírito das Escrituras.

E mais:...

A Natureza cresceu aos meus sentida outra vez...

E ainda:...

Passei a ver e me abrir para entender qualquer coisa..., por mais que houvesse respostas prontas há muitos séculos..., e elaboradas pelos maiores concílios de pensamento do “Cristianismo”... — afinal, para mim, tudo aquilo tinha tido forte influencia do paganismo e das necessidades de poder [...] decorrentes do antropocentrismo que a “igreja” abraçara como doutrina de Deus.

Além disso, vi que não havia lugar que eu não pudesse entrar no pensamento uma vez que minha existência tinha e tem como referencia absoluta para tudo..., o que Jesus fez e ensinou; e também porque minha consciência está referenciada apenas pelo que esteja já revelado nas Escrituras...

Ter a mente tomada por uma referencia absoluta não limitaria então o meu pensar?

De modo nenhum!...

Antes me abre para muitos mundos, camadas e dimensões que a ciência e a filosofia não alcançam ou ficaram impedidas pelos seus próprios princípios de verificarem...

Assim, pássaros podem falar e até pensar, golfinhos podem entender, abelhas podem decidir, elefantes podem se emocionar e nunca esquecer, árvores podem aplaudir mesmo, e tudo o que existe está de fato conectado, conforme nos diz, por exemplo, o profeta Oséias [cap. 4: 1-3].

Ouvi a palavra do SENHOR, vós, filhos de Israel, porque o SENHOR tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. Por isso, a terra está de luto, e todo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem.

Ora, a maior implicação disso contra o homem é a quantidade de testemunho das criaturas contra nossa gestão e presença na Terra.

Sim, os únicos burros da Terra somos nós!...

Nós que comemos tudo..., que guardamos tudo..., que queremos tudo..., que tememos o futuro..., que nos sentimos os donos de tudo..., que sabemos tudo..., que decidimos quem pode saber e não pode saber..., que designamos o que é moral e ético ou não contra ou sobre a criação... — sem vermos que a Terra existiu desde há muito sem nós, e que não sentiria a nossa falta se daqui sumíssemos para sempre...

Somente o homem pode achar que o homem é da Terra mesmo, posto que os animais não mais nos reconheçam como irmãos...

Somos alienígenas...

Somos monstros devoradores...

Somos cupins insaciáveis…

Somos tudo o que o Planeta não precisa…

Sim, na Terra somos um câncer em processo não interrompivel de metástase...

De fato a verdade manda dizer que nos tornamos o diabo da criação...

Desse modo tem-se que também dizer que os verdadeiros habitantes deste planeta são somente os que nele vivendo não impeçam a continuidade da vida...

Sim, qualquer outra criatura que assim não se comporte não é digna da Terra e aqui não deveria estar...

Fico imaginando o grito da criação...

Ouço o seu gemido...

Caio aturdido diante do juízo que virá sobre os humanos...

Juízo auto-infligido...

Pergunto a Deus... Até quando?...

Como filho de Deus uno-me a todos os gemidos da criação e do Espírito Santo... E confesso que minha única esperança está no Senhor Jesus e na Sua vinda...


Nele, em Quem espero, e somente Nele,


Caio

22 de agosto de 2009 /Lago Norte / Brasília / DF

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