domingo, 17 de agosto de 2008

Uma quarta-feira no Caminho...

Todos recebemos da sua plenitude graça sobre graça. Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto ao Pai, o tornou conhecido. (Jo: 1:16-18)

Há uma triste resistência instalada no povo Judeu, no sentido da pré-disposição negativa (contra a forma que Jesus viveu, caminhou, fez milagres e ressuscitou.) em aceitar Jesus Cristo como Verbo Encarnado – Deus Conosco.

Jesus viveu em tempos que Roma era a maior força ocupacional, tirânica e, sobretudo pagã, existindo também enormes divisões de pensamentos entre os judeus, sendo os fariseus, saduceus e escribas. . . Dados a presunção da "genética" e pretensão de possuir a absoluta verdade, caminho e vida, é que se estabelece o espírito da religiosidade, todo baseado em justiça própria, matando assim a esperança de um Messias como Salvador, desde os tempos de exílio, cerca de 500 anos a.C.

Foi neste contexto histórico de negação ao Evangelho como reconciliação gratuita, apesar da transgressão da Lei, que se iniciou o desenvolvimento do Cristianismo, com sua essência Constantiniana-político-pagã, evidentemente fugindo a essência da Igreja primitiva.

Logo fica formada uma estrutura de doutrinas, leis e sistematizações onde até mesmo um versículo por si só é utilizado como base para comprovar práticas doutrinárias, de manutenção institucional sempre legitimada por porções bíblicas "esquartejadas", sejam de modo pentecostal, neo-pentecostal, tradicional, etc.

No caso dos judeus do primeiro século, veja que o poder da tradição e a prática de suas mazelas doutrinárias os tornam totalmente cegos à Revelação, pois, Jesus os responde acerca de sua autoridade como filho do Pai Eterno dizendo-lhes que destruíssem o "templo", e Ele (Jesus) o reconstruiria em três dias. (Jo: 1:19)

Todavia o que eles entenderam?

Em seguida, vem a Jesus um mestre em Israel, chamado Nicodemos, dizendo-lhe que Deus estava com Ele (Jesus) pelos seus feitos miraculosos. Começa a indagação e não vamos longe, basta Jesus dizer-lhe para que se nasça novamente e que o vento sopra onde quer, para que o mestre nada entenda. (Jo: 3:1-12)

Todavia o que o mestre Nicodemos entendeu?

Mais adiante Jesus sai para fora dos portões da religiosidade e da moral legalista deparando-se com uma mulher samaritana. Jesus rompe com os paradigmas e conceitos da tradição de ambos os lados, ensina acerca da Vida a pessoas desobedientes e não aos sábios, aos cegos confessos e não aos que enxergando, nada vêem... Ele se apresenta como Messias à mulher numa rara atitude em seus muitos encontros humanos. A Revelação procura o Coração. O Coração é quem se abre para a Revelação. Daí quem crê, vê! (Jo: 4:3-26)

Em amor

Leandro.

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